João Weber Griebeler
Os artigos que publicamos na edição 141 do Jornal Igaçaba, deram origem a comentários e bate-papos, havendo até sugestão de se organizar uma entidade de amigos para recuperar o passado de lutas e bravura do cacique Nheçu, sempre tão esquecido, naqueles tempos idos do Rio Grande do Sul espanhol e, antes dos tempos hispânicos, do tempo Nheçuano, pois o maior líder indígena a se rebelar e perseverar na manutenção de sua cultura autóctone foi o cacique Nheçu. Aí começaram a aparecer os entraves: o nome dessa organização poderia ser “amigos de Nheçu”, no idioma guarani mbya, mas ali, não tem a denominação de “amigos”, pois quando se pensa “índio”, o imaginário se restringe a situações concretas. O índio tem um circulo familiar restrito. O “amigo”, muitas vezes, é o da onça! A palavra mais aproximada que encontramos foi a de irmão, desde que da parte da esposa. Importantes observações morfológicas dali saíram advindas: a mulher era mais importante na sociedade tribal guaranítica do que a história oficial conta - ela era, e continua sendo nos dias atuais, a pessoa que mais trabalha na família. Por isso o cacique se tornava poderoso e influente a partir do momento em que tinhas várias esposas. Irmão, portanto, valia muito e se tornava bajulado, se tinha irmãs!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário