João Weber Griebeler
Existe na literatura uma forma da narrativa onde se explora a possibilidade de determinados acontecimentos terem se passado de forma diferente no passado, influenciando a história atual. É o fenômeno do “e se fosse assim?…” Pois, fazendo uma espécie de História Alternativa, poderíamos recontar a trajetória do cacique guarani Nheçu, depois do confronto com os indígenas cristianizados, o que foi uma chacina, em nome de Deus, e sucedeu após o martírio dos três padres jesuítas, Roque, Afonso e João, em 1628. Uma espécie de Armagedon, a batalha final da resistência ao domínio espanhol, com as forças de Nheçu, com número girando em torno de 500 guerreiros enfrentando aproximadamente 1.200 índios leais à Coroa Espanhola (veja-se a força da aculturação: jogar irmãos índios contra eles mesmos, tendo apenas como base os presentes em forma de bugigangas), pois não foi o soldado espanhol o que massacrou os índios rebelados, mas o próprio índio! Entretanto, voltando a nossa hipotética história, Nheçu em hábil manobra, ronda a aldeia de colonização espanhola, chamada de Buenos Aires, lá se enrabichando e apreendendo uma bela jovem, ofuscante como os raios do sol, que poderia ser a atriz Luana Piovani, que ficaria deslumbrada com o TERERÊ (*) de Nheçu, sorvido nas calmas tardes do verão, ouvindo o murmúrio do Regato da Coruja. Não vou desenvolver mais esta possibilidade, pois periga de gostar a até escrever um romance ficcional… (*) Chimarrão com água fria (e daí, achastes que tinha geladeira, em 1628?...).
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