Do alto do Cerro...

...seculos de história indígena te contemplam e, ele, Nheçu, foi um dos primeiros líderes a perceber os problemas que a aculturação branca trazia para o continente de Nuestra America del Sur!

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Missões: história e mitos

Vou citar alguns exemplos, que estão aqui, ao nosso lado, em Roque Gonzales. O conhecimento existente é meio que utópico, ufanista, oriundo de teorias livrescas, sem atinar com a geografia e a realidade do local, caso do Cerro do Inhacurutum, onde se apregoa que o Cacique Nheçu, “vivia” no cerro, local que possuiria “750” metros de altura, etc. e tal. Bom, como chefe indígena respeitado que era, Nheçu possuía enorme clã familiar, com cerca de 30 esposas e como todo esse parentesco de sogros e sogras, cunhados e cunhados, tios, primos, crianças, avós e etc., não poderia, obviamente, habitar uma diminuta e estreita superfície como é o ápice do Cerro do Inhacurutum, por isso, tinha de se localizar a aldeia na base do morro, e em todos os arredores. Em relação à altura do Inhacurutum, considerada como o ponto mais alto das Missões, haveria de se descontar o nível do mar dessa altitude, outros, porém, que cansaram de subir e descer a pé, dizem que é menos de 300 metros e, alguns, com a fita métrica na mão, juram que se medindo verticalmente, a altitude verdadeira não passa de 172 metros! Outro ponto falho, também originário de um conhecimento essencialmente livresco da história, refere-se a citação apenas do Cerro do Inhacurutum como ponto de observação dos precavidos índios guarani de Nheçu. Ora, indo ao local, percebe-se que para quem desejaria controlar o movimento de pessoas na mata, rondando o Rio Uruguai, vindas das bandas da Argentina e do Paraguai, caso do padre jesuíta Roque Gonzales, nos idos de 1620, o melhor ponto de observação seria o Serro Pelado, em Porto Xavier, com uma visão magnífica de toda nossa atual fronteira! (JWG).

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