Por João Weber Griebeler
O Sr. Aldino Spohr nos informa que no local em que foram encontradas as pontas de flechas indígenas, se encontravam também jogadas uma infinidade de outras pontas, levando a supor que o Salto Pirapó, devido à farta pesca, era um local de morada da tribo, época em que se fabricavam as pontas de flecha, sendo por isso, um rico sítio arqueológico.
Observa ele que as pontas de flecha que havia por ali, tinham alguma forma de imperfeição, tendo sido descartadas para constituir uma boa e certeira flecha.
Levando-se em consideração a importância de um local para a confecção de armamentos para as tribos guarani, se convenciona que o Salto Pirapó, formava com o Cerro do Inhacurutum (ponto regional de observação), um conjunto que mantinha o aparato bélico e estratégico de Nheçu.
Confirmando esta afirmativa, quem dirigir seu olhar para o Cerro do Inhacurutum, desde o Salto Pirapó, a partir do início da baixada do Passo São João, verá todo o esplendor do cerro, dominado a região, dando para imaginar um sistema de sinais de fumaça para sinalizar o ingresso de barcos inimigos através do Rio Ijuí, via Rio Uruguai.
Para ilustrar melhor essas considerações, vejam que de um lado haviam os domínios nheçuanos e, do outro, rodeando e penetrando a região como ponta de lança, a redução de São Nicolau, a Redução de Caaró e, por fim, a Redução de Assunção do Ijuí, aí Nheçu reagiu, martirizando os padres, em 1628!
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